sábado, 28 de julho de 2012

CRENTES FIÉIS





A tônica bíblica a respeito do servo de Deus, presente nas páginas do Antigo e Novo Testamento é a fidelidade. Israel é o povo de Deus, que não pode se tornar infiel; a Igreja é o Novo Israel que não pode afastar-se da fidelidade; a Igreja Cristã ouve nas Cartas ás sete Igrejas (universalidade da Igreja) o apelo à fidelidade: “o vencedor farei...”, “ sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10b). Crentes fiéis talvez sejam o maior testemunho para o evangelismo contemporâneo, tão carecido de autenticidade cristã, que convença para Cristo e seu Reino.
    Crentes fiéis são os que apresentam seus filhos regularmente ao batismo e cumprem os votos feitos ao Senhor, na consagração destes a Deus. Vale a pena lembrar o grande número de crianças que os pais apresentam ao Senhor por ocasião do batismo e que nunca desenvolveram uma fidelidade que os levassem a confirmar o gesto dos pais, mediante a profissão de fé; mas grande também é o número de pais que disseram SIM a Deus no momento do batismo e estão se esquecendo desses votos, em referência aos seus filhos, que continuam diante de Deus, precisando de crentes fiéis, na pessoa de seus pais.
    Crentes fiéis são os que entregam fielmente seus dízimos e ofertas ao Senhor. Aos domingos recebemos das mãos fiéis o que puseram de parte no primeiro dia da semana conforme recomendação da Escritura e trouxeram seus dízimos e contribuições para o sustento da sua obra. Quantos sonegam suas contribuições e abandonam a fidelidade que devem ao Senhor, como se espera dos crentes fiéis na sua Igreja. Quantas causas embaraçadas por alta de crentes fiéis na entrega dos dízimos ao Senhor! Quantas pessoas terão de prestar contas de sua infidelidade a Deus! Quantos já tem prestado contas, mesmo aqui, perante os olhos avarentos e usurários de outros que nem vendo se convencem!
    Um aspecto supremamente válido de nossa fidelidade é o dízimo, a contribuição, a mordomia do dinheiro, que Deus nos permite conseguir em nosso trabalho, seja ele qual for. Nossa fidelidade como mordomos refere-se à toda a nossa vida; mas o lado vulnerável à infidelidade do crente é sempre a mordomia do dinheiro, que também pertence ao Senhor (Sl 24.1; Mt 3.6-10; 2Co 9.6-13). Recordamos que:
1) A Escritura chama nossa atenção, então, para a possessão exclusiva de Deus sobre a terra, sobre tudo o que no mundo existe, inclusive sobre nós e sobre o que julgamos nosso ou produto de nossa renda ou trabalho.
2) A Bíblia indica que os dízimos e as ofertas são o mínimo que nossa vida de culto nos impõe para o sustento da causa que depende de nossa fidelidade ao Senhor.
3) No ensino da Palavra está evidente que a infidelidade provoca a condenação de Deus, que nos pede os nossos dízimos e nossas ofertas, tachamos de “roubadores do Senhor” aos que não acatam seu ensino (Mt 3.6-10).
4) Há bênçãos extraordinárias prometidas aos que militam na causa com essa felicidade, como mordomos do Senhor, a quem “pertence a terra e tudo o que nele se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1); o mesmo Deus pode afirmar “minha é a prata e meu é o ouro”.
5) O juízo de Deus sobre os infiéis é inevitável, em todos os aspectos da vida humana e esse é o lado da mordomia cristã evidentemente vulnerável.
6) A causa se sustenta dessa fidelidade, que impulsiona e propicia vitalidade ao reino de Deus. Os embaraços que a igreja enfrenta na realização do seu programa de ação decorrem, muitas vezes, da falta de fidelidade de muitos na entrega dos seus dízimos e ofertas à igreja.
7) Faça sua experiência que transcrevemos do autor do folheto sob o título “O Dizimista” (A. Gotardelo).
    Faz 23 anos que redigi estas linhas. Escrevi-as no dia que me tornei dizimista, e nunca fui infiel em face dessa decisão. Naquela ocasião entregava á Causa 500 mil réis por mês;  hoje, dou-lhe 300 cruzeiros. Quando separei, na mesa, os 500 mil réis dos 5 contos (meus vencimentos mensais), alguém exclamou: “Muito dinheiro”. Respondi-lhe: Quanto gastaria eu por mês se fumasse, bebesse, comprasse gasparino, levasse a família a clubes mundanos, sustentasse cadeiras cativas em lugares de corrupção social e alimentasse as vaidades sem o temor de Deus? O desembolso seria maior, e sem as bênçãos da vida morigerada e piedosa do crente.
    Diz a minha experiência que a promessa de Malaquias 3.10 é uma realidade confortadora. Contemos as bênçãos: fui pai de cinco filhos, e nunca tive problemas com eles, porque estão integrados na vida da Igreja; três filhas desposaram varões crentes; “eu e minha casa serviremos ao Senhor”; abraço filhos e netos sadios; formei-me em Letras depois de 40 anos; tornei-me pastor; fui titulado cidadão honorário de Juiz de Fora; adquiri propriedade; escrevi dez livros, alguns dos quais correm o Brasil; levantei templos; pastoreei, gratuitamente, fato que avolumou as rendas e os dízimos, etc...etc. Escreveria
um volume sobre experiências e observações relacionadas com a prática do dízimo! Agora, porém, resta-me dizer; “Bendize ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de Seus benefícios” (Sl 103.2|).
    Faça uma experiência, irmão! Resolva isso hoje mesmo!    
        

quarta-feira, 11 de julho de 2012

COMO PODEMOS TER PAZ NO VALE?


    A verdadeira paz existe e pode se experimentada! Essa paz não se encontra nas farmácias nem nas boutiques famosas. Não está nas agências bancárias nem nas casas de shows. Essa paz não é encontrada no fundo de uma garrafa nem numa noitada de aventuras. Essa paz está centralizada em Deus. Ela vem do céu. É sobrenatural. Como podemos experimentar essa paz, ainda que cruzando os vales de vida?

I. Conhecendo o Deus e Pai de toda consolação. Deus é a fonte de todo consolo.  Quando Ele permite passar pelo vale, é para fortalecer nossa fé e nos aperfeiçoar em santidade. Quando Ele nos leva para o deserto, nossas experiências tornam-se ferramentas em suas mãos para consolar outras pessoas. É Deus quem matricula na escola do deserto. O deserto é o ginásio de Deus, onde Ele treina seus filhos e, equipa-os para grandes projetos. Quando somos consolados, aprendemos a ser consoladores. Alimentamo-nos da fonte consoladora e tornamo-nos canais dessa consolação para os aflitos. Não há paz fora de Deus. Não há descanso para alma senão quando nos voltamos para Deus. Não há consolo para o coração aflito fora de Deus, pois só Ele é o Deus e Pai de toda consolação, que nos consola em toda a nossa angústia, para consolarmos outros, com a mesma consolação com que somos consolados.
II. Conhecendo a Jesus, a verdadeira paz. A paz não é ausência de problema, é confiança no meio da tempestade. A paz é o triunfo da fé sobre a ansiedade. É a confiança plena de que Deus está no controle da situação, mesmo que as rédeas da nossa história não estejam em nossas mãos. A paz não é um porto seguro onde se chega, mas a maneira como navegamos no mar revolto da vida. A paz não é apenas um sentimento, mas sobretudo, uma pessoa divina. Nossa paz é Jesus. Por meio de Cristo temos paz com Deus, pois nele fomos reconciliados com Deus. Em Cristo nós temos a paz de Deus, a paz que excede todo entendimento. Paz com Deus tem a ver com relacionamento. Paz de Deus tem a ver com sentimento. A paz de Deus é resultado da paz com Deus. Quando nosso relacionamento está certo com Deus, então, experimentamos a paz de Deus. Essa paz coexiste com a dor, é misturada com as lágrimas e sobrevive diante da morte. Essa é a paz que excede todo o entendimento. Essa paz o mundo não conhece, não pode dar nem pode tirar. Essa paz vinda do céu, a paz que emana do trono de Deus, fruto do Espírito Santo. Você conhece essa paz? Já desfruta dessa paz? Tem sido inundado por ela? Essa paz está á sua  disposição agora mesmo. É só entrega-se ao Senhor Jesus!
III.   Conhecendo o Espírito Santo como nosso consolador. A vida é uma jornada cheia de tempestades. É uma viagem por  mares revoltos. Nessa aventura sigamos as águas turbulentas do mar da vida, cruzamos desertos tórridos, subimos montanhas íngremes, descemos vales escuros e atravessamos pinguelas estreitas. São muitos os perigos, enormes as aflições, dramáticos os problemas que enfrentamos nessa caminhada. A vida não é indolor. Mas, nessa estrada juncada de espinhos não caminhamos sozinhos. Temos um consolador. Jesus, nosso Redentor, morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Venceu o diabo e desbaratou o inferno. Triunfou sobre a morte e deu-nos vitória sobre o pecado. Voltou ao céu e enviou o Espírito Santo para estar para sempre conosco. Ele é o Espírito de Cristo, que veio para exaltar o Filho de Deus. Ele é o Espírito da verdade, que veio para nos ensinar e nos fazer lembrar tudo o que Cristo nos ensinou. Ele é o outro consolador, aquele que nos refrigera a alma, nos alegra e nos faz cantar mesmo no vale do sofrimento. O consolo não vem de dentro, vem de cima. Não vem do homem, vem de Deus. Não vem da terra, vem do céu. Não é resultado de autoajuda, mas da ajuda do alto!
   
                                                                                            Rev. Hernandes Dias Lopes